Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Os caminhos viáveis para uma saúde pública de qualidade

“O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.”
[Veja]

“Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades.  Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior. Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho,  se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.”
[Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, texto de Pedro Porfírio]


Redação:

Valorização profissional: O melhor caminho

Não é nenhum segredo que o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) não é muito eficiente, a falta de investimentos no setor chega a ser algo vergonhoso para o país e afeta, de certa forma, o serviço privado de saúde impedindo a agilidade no atendimento e favorecendo a criação de filas cada vez mais longas. Mas o que fazer para que se possa reverter essa situação?

A falta de médicos em regiões do interior fez com que surgisse a proposta da contratação de médicos estrangeiros para exercerem sua profissão no Brasil o que gerou uma enorme repercussão no país, afinal, não faltam médicos no Brasil, o que faltam são condições e valorização do trabalho, entretanto o problema persiste há muito tempo, tornando inviável que pessoas de baixa renda desfrutem de uma saúde pública de qualidade por, simplesmente, habitar regiões desfavorecidas economicamente. O fato da remuneração para os médicos no SUS ser baixa faz com que estes profissionais optem por trabalhar no setor privado de saúde, alguns se dividem entre o sistema público e o privado, mas não é o suficiente, pois estes passam pouco tempo atendendo em postos e hospitais públicos. A ineficiência do SUS faz crescer cada vez mais a discussão sobre o uso do dinheiro público, no Brasil se paga os impostos mais caros do mundo é mais do que justo ter um Sistema Único de Saúde impecável.

Esse é um problema interno e deve ser resolvido dentro do país; a supervalorização de médicos estrangeiros não é a melhor medida a ser tomada, o melhor caminho a ser seguido é a implantação de unidades de saúde pública descentes em regiões afastadas e é claro a valorização do profissional que estudou durantes anos para exercer uma das mais belas profissões.

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