Rosas, Dragões, Vai-Vai e X-9 animam plateia no 1º dia do carnaval em SP
Mau tempo provocou até chuva de granizo no Anhembi nesta sexta-feira.
Único imprevisto foi um defeito no abre-alas da Tom Maior.
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A chuva, a garoa e o granizo que atingiram o Sambódromo do Anhembi na
madrugada deste sábado (1º) não prejudicaram o primeiro dia do carnaval
de São Paulo. Quase todas as escolas passaram pela avenida sem atrasos –
o único problema aconteceu no carro abre-alas da Tom Maior, a última escola a desfilar. Um defeito técnico emperrou a alegoria e ela teve que ser guinchada pela avenida.Alguns temas foram comuns a mais de uma agremiação, além da empolgação e da preocupação em não estourar o cronômetro. Rosas de Ouro, Dragões da Real e Acadêmicos do Tucuruvi desfilaram com componentes fantasiados de Michael Jackson. Ellen Rocche (Rosas) e Lívia Andrade (Tucuruvi) disseram buscar inspiração nas Barbies para composição do visual. O apresentador Chacrinha e a boneca Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, também apareceram em mais de uma escola, na Rosas de Ouro e na Dragões da Real, e na Rosas e na Acadêmicos do Tucuruvi, respectivamente.
Veja os principais destaques dos desfiles da primeira noite do Carnaval 2014 em São Paulo:
A Leandro de Itaquera teve que enfrentar a chuva de granizo que caiu durante parte do desfile, mas manteve o samba (e a bola) no pé ao cantar sobre futebol. Diva da bateria, Andressa Urach foi destaque em desfile com carro em homenagem ao Itaquerão, escultura do mascote Fuleco e comissão de frente com “jogadores” fazendo gols e comemorando.
Foi o retorno da escola ao Grupo Especial, após passar três anos longe da elite. Times brasileiros foram retratados por componentes e as seleções da Copa foram lembradas por meio de bandeiras. A Leandro teve autorização da Fifa para usar o termo Copa do Mundo (leia o relato completo).
Rosas de Ouro
Obstinada em buscar o título depois de dois vice-campeonatos consecutivos, a Rosas de Ouro conseguiu despertar a nostalgia em várias gerações de adultos ao abordar o tema "Inesquecível". A estratégia foi abordar a infância, a juventude, a maturidade e a "melhor idade" com objetos e personalidades que marcaram época e deixam saudades, como Ayrton Senna, Dercy Gonçalves, Chacrinha e Charles Chaplin, e também outros artistas que seguem vivos, como os atores que dão vida aos personagens Fofão e Zé do Caixão.
Homenagens musicais também marcaram o desfile, com a presença de diversos artistas no último carro alegórico, entre eles os cantores Sérgio Reis e Wanderley Cardoso, e o grupo Demônios da Garoa (leia o relato completo).
X-9 Paulistana
A terceira escola a entrar no Sambódromo paulistano apresentou malucos de todos os tempos no enredo "Insano, uma viagem aos confins da imaginação". Debaixo de forte chuva, a X-9 Paulistana, da Zona Norte de São Paulo, mostrou samba enredo com refrão fácil e carros alegóricos bem criativos em busca de seu terceiro título no grupo especial.
Grandes personalidades da história desfilaram nas alas da X-9. Joana D'Arc se refrescou na tempestade, assim como Nero. Maria, a Louca, sambou com toda lucidez e Napoleão Bonaparte dançou como se fosse um autêntico brasileiro. Maria Antonieta veio como porta-bandeira ao lado do Rei Luís XVI (mestre-sala), e por aí foi o show da escola de samba. A chuva foi um obstáculo que só serviu para ressaltar o brilho da X-9 (leia o relato completo).
Dragões da Real
A Dragões da Real defendeu o enredo "Um museu de grandes novidades", sobre ícones dos anos 80 e final dos 70. As 23 alas vieram divididas em cinco setores: invenções, música, brinquedos, televisão e cinema. Ela deu conta de abraçar duas décadas e cinco temas bem diferentes, escolhidos por meio de enquete na comunidade da escola.
Com a carnavalesca Rosa Magalhães, atual campeã do carnaval carioca com a Vila Isabel, a Dragões teve bateria inspirada no desenho "Corrida Maluca" e carro enfeitado por esculturas dos integrantes do Kiss, com 15 metros de altura. Cacau, musa da escola e ex-BBB, sambou fantasiada de mulher gato (leia o relato completo).
Acadêmicos do Tucuruvi
A agremiação da Zona Norte de São Paulo mesclou o tema "Uma fantástica viagem pela imaginação infantil" com uma crítica social aos perigos que as crianças enfrentam atualmente. Dividido em cinco setores, o desfile da Tucuruvi abordou os mundos infantis da imaginação, o virtual, o das guloseimas, o dos medos e o do saber. O objetivo era alertar os pais sobre a falta de espaços para brincar, o aliciamento de menores na internet, o combate à obesidade infantil e outras ameaças contra os pequenos.
Os temas foram apresentados com alegorias caprichadas e o predomínio das cores preenchendo a avenida. A atuação da bateria, agora sob a direção de Mestre Augusto e na companhia da rainha Nadege Delduque, rendeu elogios do público (leia o relato completo).
Vai-Vai
Maior vencedora do carnaval paulistano, com quatorze títulos, a Vai-Vai foi a penúltima escola do primeiro dia de desfiles a entrar na avenida. O tema em homenagem aos 50 anos da cidade de Paulínia (SP) parecia ser difícil de empolgar a plateia, mas o carnavalesco Chico Spinosa foi além das expectativas e desenvolveu o enredo com gigantescos e ousados carros alegóricos, como o de uma marionete de mais de dez metros, manipulada por cerca de 20 artistas.
Para falar de apenas uma cidade do interior paulista, a Vai-Vai abordou diversos temas: cinema, indústrias, petróleo, poluição, bocha e até cultura grega. Um verdadeiro Carnaval. Mesmo assim a escola contagiou as arquibancadas e deixou o Sambódromo bastante aplaudida (leia o relato completo).
Tom Maior
Última escola a desfilar pelo Anhembi, a Tom Maior trouxe como tema a cidade de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. A agremiação, porém, teve um início conturbado e um final emocionante: uma falha no carro abre-alas o deixou enguiçado antes da entrada na avenida, atrasando a escola em mais de dez minutos. O problema deixou os organizadores da escola conturbados e houve discussão na área da concentração.
O carro acabou passando pela avenida puxado por uma empilhadeira, o que deve custar pontos à escola durante a apuração dos votos dos jurados. Um segundo carro também apresentou problemas e precisou ser manobrado diversas vezes antes de entrar nos eixos. O restante do desfile, porém, foi quase impecável, com cores vibrantes que contrastavam com o céu já claro. A escola conseguiu completar sua apresentação em 62 minutos, três a menos que o limite, salvando a Tom Maior de mais penalizações (leia o relato completo).
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