Bebê segue em estado gravíssimo, no HMI
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Morreu no início da tarde deste sábado (20), em Goiânia,
o recém-nascido vítima de intoxicação aguda causada por entorpecente. A
informação é da assessoria de imprensa do Hospital Materno Infantil
(HMI), onde o bebê com pouco mais de um mês de vida estava internado há
seis dias, em estado gravíssimo e com suspeita de morte cerebral.(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Ao G1, nesta manhã, o diretor clínico da unidade de saúde, Ivan Isaac, informou a piora no quadro da criança desde a noite de sexta-feira (19) sábado (20) ela já sofreu quatro paradas cardíacas. Ela teve três paradas cardíacas à noite e uma pela manhã. A equipe médica do hospital passou toda a manhã em constante procedimento de reanimação.
Na noite de quinta-feira (18), a equipe médica do HMI havia aberto o protocolo de morte cerebral do bebê. Mas antes do fim do prazo de 48 horas para verificação, a criança não resistiu. Em nota, a assessoria do HMI informou que causa da morte não está esclarecida.
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A intoxicação aconteceu no último domingo (14), em Aparecida de Goiânia, quando o bebê foi encaminhado a um hospital no Setor Garavelo. Segundo relato de familiares a funcionários do hospital, a criança teria inalado fumaça de crack.
Como o caso é atípico, a direção do Materno Infantil chegou a procurar outros hospitais em Goiânia para fazer exames mais detalhados e constatar se o bebê teve morte cerebral. Mas com a piora do quadro, Isaac disse ao G1 que a prioridade é o trabalho de reanimação.
De acordo com o diretor clínico, as primeiras informações são de que a mãe da criança é usuária de drogas desde a gestação. "A mãe consumia droga durante toda a gravidez. A criança continuou aspirando a droga logo depois que nasceu. Pelo que eu vi, as consequências são iguais à de um adulto quando há overdose", afirmou o Isaac.
do bebê (Foto: Luísa Gomes/G1)
Segundo a assessoria de imprensa do HMI, a equipe médica coletou material para análise toxicológica detalhada e enviou a um laboratório em São Paulo, na sexta-feira (19), para saber realmente qual substância causou a intoxicação. O resultado deve ficar pronto em quatro dias úteis.
O Conselho Tutelar de Aparecida de Goiânia, na divisão do Setor Garavelo, acompanha o caso. O conselheiro Júnior Pinheiro informou ter identifica os pais do bebê, que possuem mais quatro filhos. "Eles consumiam as drogas em casa, na presença das crianças”, revelou ao G1.
Segundo o conselheiro, eles já começaram um trabalho preventivo junto à família. "Falamos com os avós para que eles cuidem das outras crianças que o casal tem", informou. Os netos estão morando provisoriamente com os avós.
O conselheiro contou ainda que a avó do recém-nascido pediu ajuda ao órgão. "Ela se mostrou muito triste com o fato. Ela pediu para que o conselho ajudasse a família, porque o filho dela também precisa de ajuda para deixar o vício", declarou.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia está investigando o caso.
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