Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Vinda do Papa JMJ corre perigo

Ação do MP/RJ tenta impedir que peregrinos da Jornada Mundial da Juventude recebam atendimento médico


Arquidiocese do Rio reage ao Ministério Público e diz que Jornada está 'em risco'

Organizadores contestam ação que tenta impedir a prefeitura de prestar atendimento médico aos peregrinos e alertam para a 'possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação'

 

RIO - A Arquidiocese do Rio de Janeiro, responsável pela organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), reagiu à ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE) que tenta impedir a prefeitura de prestar serviços de atendimento médico aos peregrinos, durante o encontro católico, entre os dias 23 e 28 de julho. Os organizadores sustentam que a Jornada "está em risco" por causa da ação da promotoria e alertam para a "possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação".

Estátua do papa Francisco circulou pelas ruas do Rio nessa quarta-feira, 10 - Fábio Motta/AE
Fábio Motta/AE
Estátua do papa Francisco circulou pelas ruas do Rio nessa quarta-feira, 10
Em nota oficial intitulada "Ação do MPRJ ameaça realização da JMJ Rio 2013", o Comitê Organizador Local (COL) da Jornada, presidido pelo arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, contesta a tese do Ministério Público de que o encontro católico é um evento privado e, portanto, não pode receber dinheiro público.
O contrato de profissionais e equipamentos de saúde para a Jornada custará R$ 7,8 milhões aos cofres municipais. O MP pede suspensão imediata da licitação pública aberta pela prefeitura. A Justiça do Rio deu prazo de 24 horas para que o governo municipal se manifeste.
"Paz, solidariedade, justiça, fé e amor são algumas das bandeiras de peregrinos e participantes das Jornadas Mundiais da Juventude (...). Porém, tudo isso está em risco por causa de uma ação civil pública movida pelo MPRJ. Mesmo sem a venda de ingressos, sem fins lucrativos e com a programação aberta a todos, o Ministério Público disse entender a JMJ como um ‘evento de natureza privada’. O órgão não considerou o papel de parceria desempenhado pelo Poder Público, de todas as esferas, desde a candidatura para sediar o evento (...) A pena, caso a ação seja acolhida pela Justiça, é a possibilidade do cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação da JMJ Rio2013", diz o comitê organizador.
Em outra nota, o COL lembra os grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil e no Rio de Janeiro e lembra que a cidade se candidatou para receber ser sede do encontro católico, com aval da Presidência da República, do governo do Estado e da prefeitura. "Não se pode considerar que uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada sejam eventos exclusivamente privados, embora sejam organizados por entidades privadas. A realização de eventos de tal porte demanda participação ativa dos entes estatais que disputaram o direito de sediá-los. No entanto, na míope visão da Promotoria de Tutela Coletiva da Saúde, a JMJ - evento que ombreia-se (ou mesmo supera) a estes eventos em termos de magnitude - é de ser tratada como um mero evento privado, não obstante a previsão de um público de mais de 2 milhões de pessoas entre turistas e residentes", diz a nota.
Na quarta-feira, 10, o prefeito Eduardo Paes antecipou a linha de defesa da prefeitura com a mesma tese de que a Jornada é não é um evento privado e que cabe ao poder público oferecer serviços essenciais como segurança, limpeza e saúde. Inicialmente, o atendimento médico seria contratado com recursos privados pelo Instituto Jornada Mundial da Juventude, responsável pela organização do encontro católico, mas, no mês passado, o serviço de saúde foi transferido para a prefeitura.
 

 

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