'A presidente Dilma, que foi eleita pelo povo brasileiro, está traindo o povo e dando continuidade ao idealismo esdrúxulo do PT', diz a petição
Membros da Avaaz, rede que promove petições online em
diversos locais do mundo, pretendem reunir 5 milhões de assinaturas
digitais para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No final
da manhã desta terça-feira, quase 140 mil pessoas haviam aderido à
campanha "para acabar com a corrupção, desvio de dinheiro público,
sucateamento da saúde, das estradas, da educação, segurança pública e
outros", conforme o site.
Gás lacrimogêneo pode matar em ambiente fechado; veja os efeitos
Evolução da tarifa de transporte em São Paulo
"O PT, Partido dos Trabalhadores, hoje representado pela
presidente Dilma, trouxe o mal estar para nação. A presidente Dilma,
que foi eleita pelo povo brasileiro, está traindo o povo e dando
continuidade ao idealismo esdrúxulo do PT. A Copa do Mundo comeu bilhões
de reais que poderiam ter sido aplicados na saúde, na educação e em
infra-estrutura. Nós brasileiros, estamos cansados dessa hipocrisia",
manifestou um membro, identificado como Rogério Teixeira M., na petição.
Hoje, a presidente garantiu que seu governo está atento
às pressões sociais das ruas, decorrentes da onda de protestos contra o
aumento das tarifas do transporte público no País. A presidente falou
pela primeira vez sobre as manifestações que vêm ocorrendo em diversas
cidades do Brasil nos últimos dias e defendeu o povo, afirmando que
"essas vozes precisam ser ouvidas".
"A minha geração sabe o quanto isso nos custou, eu vi
ontem um cartaz muito interessante que dizia 'desculpem o transtorno,
estamos mudando o País'. Quero dizer que meu governo está atento a essas
vozes pela mudança, está empenhado e comprometido pela pressão social",
ressaltou a presidente.
Dilma afirmou que "o Brasil hoje acordou mais forte por
causa das grandes manifestações". Para ela, "a grandeza das
manifestações de ontem comprova a energia da nossa democracia. (...) Os
que foram às ruas deram mensagem direta ao conjunto da sociedade,
sobretudo aos governantes de todas as instâncias. Essa mensagem diretas
ruas é por mais cidadania, por melhores escolas, por melhores hospitais,
postos de saúde, pelo direto à participação".
Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e
estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos
pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à
repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para
tentar conter ou dispersar os protestos.
Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP
Segundo a administração pública, em quatro dias de
manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de
depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho,
bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da
Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das
forças de segurança, que se espalharam pelo centro.
O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de
surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se
proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem
ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o
protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.
Ranking
das tarifas de ônibus no
País<a
data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm"
href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja
o
infográfico</a>
No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento,
reiterou "a defesa do direito de ir e vir" da população, mas garantiu
que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de
veículos e pessoas. No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos
cometidos, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho.
A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a
administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação
acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$
3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não
onerar em excesso os passageiros", disse em nota.
O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas
Nenhum comentário:
Postar um comentário