Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

domingo, 14 de julho de 2013

E se passou um mês... Os protestos agora são outros

Depois de perder monopólio das ruas, sindicatos reagem, mas repetem modelo antigo de organização 


Há 30 dias, o Brasil foi surpreendido por manifestações que entraram para a história. Os efeitos ainda estão sendo sentidos e as consequências só o futuro dirá. O certo é que elas mexeram com a cabeça dos brasileiros, de antigos militantes a jovens engajados em diversas causas. Mas os políticos parecem que continuam surdos à voz das ruas

De um mês para o outro, a voz das ruas mudou. Saíram de cena os protestos espontâneos, marcados pela presença maciça da juventude e seus cartazes criativos, e entraram as manifestações organizadas por entidades sindicais, com carros de som e cartazes padronizados. As diferenças atingiram vários campos: palavras de ordem, horário e local dos atos, lideranças, perfil e quantidade dos manifestantes. Em 20 de junho, dia em que se deu a maior mobilização dos protestos espontâneos, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em 120 cidades do país. Em 11 de julho, ato organizado por centrais sindicais - o Dia Nacional de Luta - reuniu cerca de 80 mil pessoas em 18 capitais. Entre as duas datas, a vida política e social do país passou por uma transformação profunda.

Os protestos de junho - inicialmente apenas contra o aumento do preço das passagens de ônibus e metrô, mas depois ampliadas para diversas áreas, como educação, saúde e combate à corrupção - criaram as condições favoráveis para a realização dos atos das categorias profissionais.

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