Há 30 dias, o Brasil foi surpreendido por manifestações que
entraram para a história. Os efeitos ainda estão sendo sentidos e as
consequências só o futuro dirá. O certo é que elas mexeram com a cabeça
dos brasileiros, de antigos militantes a jovens engajados em diversas
causas. Mas os políticos parecem que continuam surdos à voz das ruas
De
um mês para o outro, a voz das ruas mudou. Saíram de cena os protestos
espontâneos, marcados pela presença maciça da juventude e seus cartazes
criativos, e entraram as manifestações organizadas por entidades
sindicais, com carros de som e cartazes padronizados. As diferenças
atingiram vários campos: palavras de ordem, horário e local dos atos,
lideranças, perfil e quantidade dos manifestantes. Em 20 de junho, dia
em que se deu a maior mobilização dos protestos espontâneos, mais de um
milhão de pessoas foram às ruas em 120 cidades do país. Em 11 de julho,
ato organizado por centrais sindicais - o Dia Nacional de Luta - reuniu
cerca de 80 mil pessoas em 18 capitais. Entre as duas datas, a vida
política e social do país passou por uma transformação profunda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário